
HUDSON CADORINI rompe o preconceito e lança disco-solo recheado de riffs, licks e solos pesados
Para muitos, transpor a barreira que separa o rock'n roll da música sertaneja é uma tarefa complicada. No entanto, para alguns músicos isso é tão simples quanto respirar. Hudson Cadorini, da dupla Edson & Hudson, é um grande exemplo de como é fácil erradicar o preconceito musical de ambos os lados da moeda. Com o recente lançamento de Turbination, ele mostra suas composições roqueiras no melhor estilo Steve Vai e Joe Satriani.
Muitos de seus fãs sabem que você sempre curtiu o bom e velho rock 'n roll, mas assim mesmo teve gente que ficou espantada com o lançamento desse disco. O fato de soltar um CD como esse é uma decorrência da liberdade artística que você conquistou por meio do sucesso comercial de sua dupla sertaneja?
Antigamente, antes de fazer sucesso com o Edson, eu já sonhava em fazer um trabalho assim, só que a minha situação financeira não permitia. Hoje, graças a Deus, minha vida melhorou muito nesse sentido. Foi então que aproveitei para realizar vários projetos e um deles é este disco-solo. Por isso, jamais discrimino o Edson & Hudson! Teve gente dizendo até que dupla iria acabar. Não tem nada a ver! É apenas um trabalho paralelo, já que com a dupla não posso tocar o que mostrei nesse disco.
Turbination pode demolir alguns preconceitos de fãs do rock em relação a quem trabalha no meio sertanejo e, em contrapartida, "abrir a cabeça" do pessoal que curte a dupla Edson & Hudson para um outro tipo de sonoridade?
O Edson & Hudson já tem um som diferente em relação às outras duplas. É lógico que cantamos música sertaneja, mas temos o nosso estilo: usamos guitarras e sempre tivemos essa pegada rock 'n roll. Acho que conseguimos fazer sucesso também por isso, porque já existiam muitas duplas parecidas no momento em que chegamos. As pessoas têm preconceitos porque não ouviram o disco direito ou porque simplesmente não querem saber de um cara que toca em dupla sertaneja fazendo disco de rock. A crítica tem de ser feita a partir do momento em que você conhece o trabalho. Se me criticam sem conhecer, não tenho nem como dar reposta.
Você é um admirador confesso de Eddie Van Halen. Em Turbination, deu para perceber também a influência direta de Steve Vai e Joe Satriani. Esses nomes foram determinantes para que o disco soasse dessa forma?
Como influência, sim. Desde criança, ouço muito rock'n roll. Quebrei umas três fitas daquele disco ao vivo do Van Halen, Right Now, de tanto ouvi-las. Durante sete anos, tirei muita coisa de Steve Vai e Joe Satriani. Peguei o final dos anos 70 e toda aquela explosão da década de 8, quando o Guns n' Roses apareceu, senti toda aquela influência na pele. Dou valor aos músicos verdadeiros, não para quem fica copiando os outros e pensa que é o "deus" da guitarra. Um exemplo disso é o Van Halen, que tem discos gravados há trinta anos que você soam como se tivessem sido registrados ontem. O Deep Purple, com o Ritchie Blackmore, tinha uma baita sonoridade, era um som analógico perfeito. Hoje em dia, a molecada quer tudo pronto. Sou muito influenciado pelos guitarristas da década de 70.
*veja o restante dessa matéria na edição 162 da COVER GUITARRA
Esta é uma matéria da Revista Cover Guitarra edição #162
Um comentário:
Muito gato, messa fotinho!!!!
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